SOLANGE SPIGLIATTI - Agencia Estado
SÃO PAULO - Após 21 dias em greve, os bancários da Caixa Econômica Federal vão realizar na tarde desta quarta-feira, 14, mais uma assembleia para decidir o rumo da paralisação. A proposta feita pela instituição nesta última terça-feira durante a rodada de negociação na sede do banco, em Brasília, não foi aceita pelos representantes da categoria, que orientaram os funcionários pela continuidade da greve.A proposta da Caixa, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, traz modificações em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mas não traz avanços em relação à igualdade de direitos, ao Plano de Cargos Comissionados (PCC) e ao aumento do número de novas contratações.O banco se comprometeu, segundo o sindicato, em pagar de PLR o que for mais vantajoso para cada bancário: a proposta da federação dos bancos (Fenaban) ou a específica da Caixa. Pela regra da Fenaban, os bancários receberiam a regra básica composta por 90% do salário, mais valor fixo de R$ 1.024. Além disso, o funcionário receberia valor adicional de 2% do lucro líquido, dividido em partes iguais entre os funcionários, com teto de R$ 2.100. De acordo com a Caixa, por esta regra básica e valor adicional, o bancário receberia até R$ 5.649, conforme expectativa de lucro projetado. Pela regra específica da Caixa, a PLR pode variar entre R$ 4 mil e R$ 10 mil de acordo com a função dos bancários, de acordo com informações do sindicato.
Blog: Vou tentar saber o resultado da assembleia, pois esta greve causa prejuízo a toda a população.
Complementando:
Greve dos bancos: Funcionários da CEF mantêm paralisação
Protesto - 14/10/2009 - 22h37min
Brasília - Os funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) não gostaram da contraproposta da instituição em relação ao plano de cargo e salários (PCS) e do desconto dos dias parados, enquanto propõem a compensação em horas trabalhadas a mais, como nas greves anteriores, segundo o delegado sindical Renato Caldas.
Os funcionários da CEF se reuniram em assembleia no fim da tarde de hoje (14) e resolveram manter a paralisação que completou hoje 21 dias. Os funcionários tentam negociar mais melhorias nas condições de trabalho e a equiparação de direitos trabalhistas não extensivos a quem foi contratado de 1998 para cá.
Renato Caldas reconhece que houve avanços na negociação retomada ontem (13) com a diretoria da Caixa, mas salienta que algumas reivindicações da categoria estão longe de serem atendidas, como o aumento do quadro de pessoal, por exemplo.
O sindicalista lembra que a CEF acenou com a contratação de mais 3 mil funcionários, “mas isso não dá nem uma pessoa a mais por agência”. Um número razoável, segundo ele, seria em torno de 10 mil novos funcionários, como anunciou o Banco do Brasil.
Nova assembleia foi marcada para as 16 horas de amanhã (15), no Setor Bancário Sul, para avaliar os possíveis avanços nas negociações com a diretoria da Caixa. Entre elas, uma negociação diferenciada sobre a participação nos resultados e lucros da instituição. (Agência Brasil)
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