quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

PERITO JOSÉ CARLOS MENDONÇA DESMENTE PROMOTOR MARCELO LESSA

Na edição de hoje do jornal "Folha da Manã", no espaço denominado "Carta do leitor", o Perito José Carlos Mendonça diz que ao contrário do que Afirmou o Promotor Marcelo Lessa, seu laudo não concluiu pela explosão ou implosão dos diques. Leiam a publicação:
Carta do leitor
O artigo "Diques nunca mais!" de autoria do promotor Dr. Marcelo Lessa Bastos, publicado na edição de 05/02/2009 faz uma citação direta a minha pessoa, da qual me sinto na obrigação de contestá-la e solicitando a publicação da presente correspondência, pois em nenhum momento disse ou afirmei que o dique da "Ilha dos Carães" podia ser implodido, rompido ou "detonado". Ao contrário do citado, em meu Laudo Técnico elaborado por solicitação do próprio Sr. promotor através do ofício nº 3665/08, de 09/12/08, alertei que o rompimento do referido dique necessitava de "real avaliação sobre os efeitos desta ação sobre as comunidades de Tócos e adjacências" e concluí que "não caracterizo o rompimento dos diques, neste momento, como ação eficaz para a redução do nível da lagoa" e que "para se obter êxito na redução do nível da Lagoa Feia as ações governamentais devem estar concentradas na desobstrução da vazante da Lagoa, na limpeza e redragagem do Canal Flecha, na reforma das comportas e no desassoreamento da foz do canal entre os moles de pedra na Barra do Furado". Um segundo laudo, elaborado pela equipe do GATE/MPRJ, por solicitação do próprio Sr. promotor, segue o mesmo raciocínio e alerta, dentre outros, para "riscos às terras habitadas à jusante dos diques do DNOS". Indiferente aos dois laudos o Sr. promotor insistiu nas ações, alertou na imprensa para a "existência e cuidados com laudos de aluguel" (houve outros senão os solicitados por ele mesmo?) e a meu ver, convicto que as implosões dos diques não baixariam o nível da lagoa (como não baixaram!), seguiu com suas ações, com um discurso renovado pela "grilagem de terras públicas". Agora tenta diluir suas responsabilidades desqualificando o Grupo de Trabalho e o ETEC; se reunindo com produtores rurais de uma das regiões gravemente afetadas por suas ações: a região de Retiro, Canto do Engenho e Guanandi; atribuindo ao GT/ETEC a retirada de uma máquina que estava trabalhando naquela região e atribuindo a mim, a decisão de romper o dique da Ilha dos Carães, que contribuiu para o agravamento das inundações da região de Canto do Rio, Tócos, Goiaba, Sabão, Caboio, Marcelo e Correnteza, dentre outras. Os moradores e produtores rurais da região do Retiro, Canto do Engenho e Guanandi sabem que o GT/ETEC encaminhou, em 14/01/09, ofício ao INEA solicitando locação de maior número de máquinas e contratação de mão-de-obra local para desobstruir os canais Rio Novo e Barro Vermelho e dessa forma mitigar seus problemas. Tentar desqualificar um trabalho de gestão de quase dois anos não ajudará em nada a solução dos problemas, que são graves e estão longe de serem solucionados. A estratégia de querer dividir para melhor dominar é antiga e é assim que entendo essa tentativa de difamar o GT/ETEC e querer me envolver em responsabilidades que não são minhas e sim apenas do Sr. promotor. Na Baixada Campista habitam e trabalham cerca de 80 mil campistas e é preciso ter mais responsabilidade com toda essa gente. É preciso ter boa fé! Agradecendo a atenção, despeço-me.
José Carlos Mendonça engenheiro agrônomo d.sc./ secretário executivo do gt/etec
12/02/2009

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