segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A AGONIA E O SOFRIMENTO IMPOSTOS AOS VERANISTAS E MORADORES DO PRAIA DO AÇÚ PODE RESULTAR EM CAMPANHA DE EMANCIPAÇÃO.


Lamentável o descaso, o desprezo e a indiferença com que são tratadados a população e os veranistas da Praia do Açú, balneário que, pelo tratamento que recebe, parece que é considerado de nível inferior pela Prefeita do Município. A atenção da Prefeita se divide entre a sede e as praias de Grussaí e Atafona. Neste final de semana prolongado, desde às 22:00 horas de quinta-feira a CEDAE interrompeu o fornecimento de água. Quem tinha parentes que possuíam poços artesianos foram forçados a recorrer a eles. Quem não possuía esta opção evitou o banho de mar, já que não tinha como retirar o sal do corpo, ou retornaram a suas origens. Em pleno século XXI, o Açú não recebe sinal de telefonia celular, a orla está completamente abandonada, a energia elétrica é fraca e insuficiente, as estradas estão completamente esburacadas, as pontes representam risco iminnte para quem se arrisca a ultrapassá-las, e a Prefeita alardeia num portal na entrada da praia que o paraíso é ali. Em sua concepção, como seria o inferno? Já há um movimento a favor da emancipação que pode tomar corpo se o estado de abandono continuar. E até acho que se um plebiscito for implementado pode ser que o restante do município não se oponha a aludida emancipação. É que a parcela menos abastada será beneficiada com a emancipação e a elite não fará nenhuma questão de manter a praia no município de São João da Barra. Evidentemente que se isso ocorrer, haverá um recalculo dos royalties de petróleo e do imposto que poderá vir do futuro Porto. Acho muito bom a Prefeita melhorar o tratamento para conosco. Fato curioso é que não se lê nos jornais, não se houve nas rádios e na tv nem se fala, nada sobre os problemas do Açú. Quem lê esta postagem pode achar que é um problema novo. Não é verdade, veraneio há mais de 40(quarenta) anos naquele balneáreo e nunca foi diferente. Tudo isso ocorre numa praia que tem como veranistas, dois Vereadores.

2 comentários:

Marcos Valério Cabeludo disse...

Meu caro, parabéns por sua postagem, e também por seu amor por aquele canto aconchegante que é o Açú, concordo contigo em genero número e grau, emancipação já!

Marcelo Bessa disse...

Não pode haver emancipação enquanto não for feita a lei complementar exigida pela Constituição para regular o assunto:
Art. 18 § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
OBS: eu não disse que concordo com a situação narrada nem que conheço bem o local. Apenas abordei o fato de que desde 1996 (EC nº 15) não pode haver desmembramento de municípios.