quarta-feira, 20 de maio de 2009

VERBA DE PUBLICIDADE IRÁ PARA FORA DO MUNICÍPIO.

O jornal Folha da manhã, edição de hoje informou: "Agora é oficial. A maior verba publicitária da história de Campos, no valor de R$ 15 milhões anuais, ficará nas mãos de uma agência de publicidade de fora da cidade. Ontem, foi realizada a abertura dos envelopes e 10 agências compareceram, todas de fora. Três foram eliminadas e sete seguiram na "disputa". Nenhuma agência de Campos entrou porque o edital exigia custos muito altos para habilitação". A situação deverá se repetir na mega concorrência pública, de 5.100 unidades habitacionais, a serem construídas em diversas localidades do município e que está orçada em aproximadamente 357.000.000,00(Trezentos e cinquenta e sete milhões de reais). É que para se habilitar para participar desta licitação, é necessário que a empresa possua capital social mínimo de R$ 35.000.000,00, condição que somente algumas poucas empresas no Brasil possui. Em nossa região, dificilmente alguma empresa preencherá esta exigência editalícia. O que não ocorreria se a obra fosse dividida em lotes, possibilitando uma maior competitividade com maior proveito para a administração e para as empresas do município.

2 comentários:

fernando torres disse...

Maxsuel, pelas exigências dos editais, nenhuma empresa de Campos ter condição de concorrer.
Fernando Torres.

Provisano disse...

A divisão da construção das unidades habitacionais em lotes, caro Doutor, vai de encontro aos interesses das grandes construtoras que são as principais financiadoras das grandes campanhas eleitorais, sem que haja da minha parte, quaisquer ilações que possam ligar às intenções eleitorais de qualquer candidato da região à um possível financiamento de campanha futura, longe disso, pode acreditar.

Nem também quero aventar a hipótese de que a fórmula definida pela prefeitura, tenha alguma ligação com o que dizem nas ruas, de um possível acerto, como forma de acomodar os apoios financeiros não declarados que foram feitos durante a última campanha eleitoral no município, até porque, são falácias que não têm como ser cpmprovadas, mas, como diz o ditado popular, "onde há fumaça há fogo", então, tudo é possível.

Mas vamos ao cerne da questão, o que o senhor levantou na postagem está mais do que correto, mais vantajoso para a economia do município, seria a divisão do edital em lotes, para que as empresas locais pudessem concorrer e ganharem, gerando trabalho e renda localmente, que deveria ser o objetivo precípuo da prefeitura.

Só que isso não vai ocorrer, quando muito, haverá um subempreitamento, com a contratatação de algumas empresas locais para executar um ou outro trabalho nos canteiros de obras, uma espécie de esmola, podemos assim dizer, sem medo de errar.

Quanto à questão da verba de publicidade ficar nas mãos de empresas de fora, para mim que também sou do ramo, não é nenhuma surpresa, isso não acontece pela primeira vez em Campos e se dá basicamente por um fato: as empresas de publicidade locais, não possuem em sua maioria, uma estrutura que possa atender à contento as exigências de um cliente do tamanho de prefeitura de Campos, a grande maioria delas, possue em seus quadros, poucos profissionais para montar os departamentos que o gerenciamento de uma verba desse tamanho exige.

Diga-se de passagem, esses profissionais atuantes no ramo de publicidade em Campos, são extremamente criativos e capacitados, mas atuam em nichos limitados do mercado publicitário, onde as empresas campistas, de modo geral, consideram os recursos utilizados em propaganda e marketing, como gastos e não como investimentos que é o conceito correto, no menor sinal de crise, reduzem suas verbas de publicidade e aí os profissionais da área, acabam por cortar um dobrado.

A verba publicitária da prefeitura está sujeita a uma série de ingerências, que só uma empresa de grande porte tem condições de encarar, o que questiono é que essas empresas, ao abiscoitarem uam verba dessa, não montam na cidade, a mesma estrutura que possuem em suas matrizes, quando muito alugam um conjunto de salas e contratam uma meia dúzia de pessoas para a área administrativa e só.

A maior parte dos recursos vai para fora, ficando muito pouco aqui. A prefeitura de Campos poderia ter seguido o exemplo da prefeitura do Rio, durante a gestão de César Maia, ele NÃO licitou nenhuma agência, criou uma equipe de criação numa espécie de House Agency, uma agência da casa, que criava as peças de divulgação de interesse do governo como folders, cartilhas, cartazes, etc, veiculava muito pouco na mídia pois tinha o conceito de que a prefeitura já era de interesse jornalístico e que naturalmente a mídia buscaria notícia.

A prefeitura de Campos poderia muito bem, seguir esse conceito que provou ser eficaz e aplicar esses recursos em Tecnologia de Informação, a chamada TI, criando por exemplo um projeto de Cidade Digital, levando sinal de internet de banda larga à população, por exemplo.